segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Aula dinâmica e descontraída facilita ensino de matemática

Aulas mais atrativas, que procuram integrar atividades lúdicas com o conteúdo proposto pela disciplina, são as propostas do projeto Brincando de Matemática, idealizado pela professora Amanda Oliveira de Souza Araújo. Bem aceito pelos estudantes, o trabalho foi um dos vencedores da sétima edição do prêmio Professores do Brasil, na categoria Temas Livres, subcategoria Séries ou Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

O método de ensino desperta a curiosidade dos estudantes por meio de jogos que estimulam a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Além disso, com atividades desenvolvidas em grupo, os alunos podem trocar ideias e compartilhar o conhecimento. A professora buscou inspiração ao constatar a falta de conhecimentos básicos de matemática e o desinteresse dos alunos nas aulas tradicionais. Alguns estudantes chegavam a apresentar reações de antipatia pela matéria e até de medo.

“O objetivo geral do projeto é dinamizar as aulas de matemática, de modo que os alunos participem ativamente e construam conhecimentos de forma lúdica e prazerosa”, explica Amanda, professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Alexandre de Gusmão, em Nova Brasilândia d’Oeste, Rondônia.

Na visão da professora, os jogos e as brincadeiras são importantes no desenvolvimento das atividades de matemática. Entre as razões, ela cita a possibilidade de se criar um ambiente alegre e descontraído, “essencial a uma proposta de aprendizagem significativa”, os estímulos à interação, o desenvolvimento de atitudes éticas e de respeito, de criar e seguir as regras dos jogos e de colaboração.

De acordo com Amanda, os estudantes devem se tornar agentes ativos no processo de aprendizagem e vivenciar a construção do conhecimento. Ela salienta que cabe ao professor, como orientador dos alunos, oferecer a oportunidade para que eles formem o hábito de pensar e criar as próprias estratégias, desenvolver o raciocínio, adquirir mais segurança e fazer redescobertas. As aulas devem ser práticas e interessantes para que o aluno possa se sentir motivado e desafiado a construir o conhecimento de maneira agradável. “As aulas precisam ter sabor, despertar a curiosidade e ter significado para o educando”, ressalta.

Recursos — Durante a execução do projeto foram usados recursos como ábaco, quebra-cabeça Tangram, bloco lógico, fita métrica, balança, computadores, jogos fabricados pelos alunos, palitos de picolé, embalagens de produtos e outros materiais reciclados. Esse material ajudou os estudantes a apreender conteúdo relativo a medidas de tempo, massa, comprimento e capacidade, área e perímetro, sólidos geométricos, adição, multiplicação e subtração e frações equivalentes, próprias e impróprias. “O projeto proporcionou notável desenvolvimento dos alunos na aprendizagem e também no interesse pelas aulas”, destaca a professora.

Graduada em pedagogia (séries iniciais), pós-graduada em psicopedagogia e com 15 anos de experiência em sala de aula, Amanda diz que o prêmio representa um marco em sua vida, pois permitiu que levasse a sala de aula para todo o Brasil. “Conquistei a confiança da comunidade escolar e a valorização da escola”, destaca.

Fátima Schenini

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO!

Governo prorroga matrículas na rede estadual de Educação

O Governo do Estado decidiu prorrogar o período de matrículas na rede pública estadual de Educação. O período para o formalização do vínculo dos alunos havia sido finalizado ontem (22), mas os estudantes terão até a sexta-feira (27) para a realização das matrículas através do site www.sigeduc.rn.gov.br.

Para a realização da matrícula através da internet, o estudante deverá ter o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Para garantir o acesso às matrículas aos estudantes que não possuem o CPF, a Secretaria de Educação firmou parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) para que o documento seja emitido na própria sede da Educação.

No momento da matrícula, o estudante deve selecionar duas opções de escolas. A seleção dos estudantes por escola se dá através de critérios definidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, como proximidade com a escola, se já possui irmão estudando na unidade e se o aluno está na faixa etária escolar adequada. A previsão inicial era que a matrícula fosse confirmada até o dia 30 de dezembro.

Até sexta-feira passada, 130 mil estudantes solicitaram suas matrículas por meio do SIGEduc. Do total, 33 mil é o número de novos alunos, que irão ingressar na rede. Os demais correspondem a renovações.

Fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013


Matrículas para as escolas da rede estadual terminam domingo

O período de solicitação de matrículas para as escolas estaduais em 2014 termina neste domingo (22). O estudante que deseja ingressar na rede estadual deve acessar o site do Governo do Estado (www.sigeduc.rn.gov.br) e solicitar sua vaga. O resultado da matrícula será divulgado no dia 30 de dezembro.

Os alunos que já estão na rede e desejam mudar para outra escola estadual também devem solicitar a sua transferência pelo sistema. Já os estudantes que irão permanecer nas escolas estaduais em que estudam atualmente precisam solicitar a renovação de matrícula nas secretarias das unidades.

Testado na matrícula 2013 em Natal, o Sistema Integrado de Gestão da Educação – SIGEduc, está sendo utilizado pela primeira vez para as matrículas nas escolas do interior do Estado. Quando o ano letivo for iniciado, ele vai possibilitar aos alunos, professores, gestores e familiares o acesso aos recursos e informações relacionadas às rotinas escolares.

O aluno fará não apenas sua matrícula online, mas acompanhará suas notas e frequências, os conteúdos curriculares, poderá interagir com os professores e outros alunos da turma, receberá comunicados e terá acesso aos dados e mapas de localização da sua escola.

Entre os principais benefícios também estão o aplicativo Diário de Classe para tablets, transparência e acesso aos dados escolares, mapa georeferenciado, com localização das escolas da rede por mapas e rotas de transporte coletivo escolar, dados sobre a vida escolar do aluno e perfil dos professores, por escola, organização das turmas de alunos por série e modalidades de ensino, vagas disponíveis por escola, reordenamento e enturmação de alunos.

Mesmo quem não está inserido na comunidade escolar pode conferir algumas funcionalidades, como a consulta às escolas por bairro, distrito ou município, consulta de unidades escolares próximas a sua residência, com a possibilidade de indicação de rotas para se chegar ao local, e visualização do mapa de unidades por todo o Estado.
Fonte: Tribuna do Norte

terça-feira, 3 de dezembro de 2013



Avaliação internacional constata maior avanço do Brasil em matemática



Resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2012 demonstram que o Brasil é o país que mais avançou no resultado de matemática entre todos os avaliados. O desempenho dos estudantes brasileiros na faixa etária de 15 anos passou de 356 para 391 pontos no período entre 2003 e 2012.

“Estamos comparando a evolução do Brasil neste período com países que investem muito mais por estudante e tivemos um avanço maior”, disse nesta terça-feira, 3, em Brasília, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “Ou seja, estamos fazendo muito com menos investimento em relação à média dos países da OCDE.”

No Pisa de 2012, que teve como foco a área de matemática, foram avaliados 18.589 estudantes brasileiros, de 767 escolas — uma das maiores amostras dessa edição.

De acordo com o relatório da OCDE, o Brasil teve destacado crescimento também em outras áreas avaliadas. Em leitura, por exemplo, o desempenho chegou a 410 pontos; na área de ciências, a 405. A OCDE destaca que o Brasil teve êxito em assegurar ambiente de ensino propício ao aprendizado dos estudantes. Além disso, a melhora no desempenho foi acompanhada da inclusão de mais de 420 mil estudantes na faixa dos 15 anos — a segunda maior taxa de inclusão, atrás apenas da Indonésia.

“Conseguimos aumentar a cobertura de matrículas, reduzir a repetência e avançar na aprendizagem, em especial na matemática”, ressalta Mercadante. Para o ministro, diversas iniciativas do governo federal ao longo da última década contribuíram para a evolução dos estudantes brasileiros na avaliação, como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep); o aumento de repasses para as redes estaduais, com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); o apoio à formação e à valorização do professor e o lançamento do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.

Qualidade — Aplicado pela primeira vez em 2000, o Pisa avalia estudantes de 15 anos — nessa faixa etária, pressupõe-se o encerramento da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. As provas são aplicadas a cada três anos e abrangem leitura, matemática e ciências.

O objetivo do programa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes para subsidiar políticas de melhoria da educação básica. A última edição do Pisa contou com 65 países. Além dos 34 integrantes da OCDE, realizam o exame estudantes de países como China e México. Na América do Sul, participaram Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai, além do Brasil.

Assessoria de Comunicação Social do Inep

domingo, 1 de dezembro de 2013

SITUAÇÃO DAS NOSSAS ESCOLAS

Ano letivo em recuperação

Daísa Alves
repórter

Eram 14h, e pouco a pouco a sala de aula se esvaziava. Os poucos alunos da turma se dispersavam entre conversas nos espaçados corredores, entretenimento no celular, ou até completando uma atividade da aula passada. A turma do 1° ano de ensino médio da Escola Estadual Wilston Churchill assistiu a única aula do dia, de geografia, e os estudantes já se despediam da escola. Para as disciplinas seguintes, de filosofia e português, não há professor. Essa turma de estudantes, e  de outras escolas estaduais, corre o risco de terminar o ano sem ter tido nenhuma aula de várias disciplinas. Segundo  Betânia Ramalho, secretária do Estado de Educação (Seec), o conteúdo das aulas em falta serão repostos com o prolongamento Redo ano letivo em regime de ensino intensivo.

De acordo com a Seec, do total de 167 escolas estaduais de Natal, cerca de 22 estão em situação de emergência. A falta de professores já é um problema recorrente das escolas públicas, no entanto, a situação foi agravada após o reordenamento da carga horária dos professores da rede estadual, que acarretou o descobrimento de turmas em disciplinas pontuais.

 Jarbas Oliveira, 17, migrou do município de Pilões, para Natal, a fim de terminar seu ensino médio “na capital”. Com a falta de três disciplinas, ele acredita que estaria melhor na escola antiga. “Somente na quinta tenho o horário de aula completo”. Talvez, seu objetivo de estudar Farmácia, seja adiado por mais um ano.

Tainá França, 18, estudante do primeiro ano, fez a prova do Enem esse ano e sentiu a falta dos conteúdos, principalmente de História. “Não tive nem uma semana de aula. Se tivesse, poderia ter tirado nota melhor”, conta a estudante que mora em Bom Pastor e se desloca todos os dias a escola. “É complicado, vir, pagar passagem pra assistir só uma aula”.

Na E.E. Wilston Churchill, localizada em Cidade Alta, existem turmas com lacunas de aulas de matemática, história, filosofia, português, inglês e sociologia. De acordo com a diretora da escola, Maria Eliane de Carvalho Han, atualmente, para suprir a demanda em falta, seriam necessários mais 13 professores. No turno da manhã a situação foi amenizada pela junção de quatro turmas há dois meses. Mas ainda há outro problema. O lançamento das notas é de responsabilidade do professor específico da turma, nem a direção ou coordenação tem acesso ao sistema das notas. E quanto aos que estão com a falta de aulas, não existe previsão para reposição pela direção.

 As lacunas de aula contribuem também para o esvaziamento na sala de aula. Turmas de 30 alunos, com apenas 15 em sala. É desestimulante ir à escola e não ter aulas, concordam alunos e diretora. a diretora 15h45 da tarde, nenhuma turma mais em aula.

Na E.E. Edgar Barbosa, localizada em Lagoa Nova, a situação se repete, com soluções de amenização recentes. Cerca de cinco turmas  chegam ao final do ano prejudicadas com a falta de professores para Matemática, Inglês, Filosofia, Física e geografia.  Há dois meses, a escola recebeu suprimento de professores. Alguns substituíram durante a semana e outros estão ministrando aula aos sábados. “Para 2014 amenizamos os prejuízos no conteúdo, só torcemos para ter professor próximo ano”, declara Ilkécia da Silva, vice-diretora da escola.

“Teve dias que a gente veio só para gastar a passagem”, relata Felipe Gabriel Lima, 17, sobre o inicio do segundo semestre. Para acelerar o conteúdo de História, o professor está passando trabalhos para a turma e no sistema de reposição de filosofia, ele não pode vir aos sábados. “Mesmo com os novos professores, a gente tem prejuízo”, lamenta.

“Não fiz o Enem porque não estava preparada nos conteúdos”, relata Lidiane Honorato, 17. Ela chegou a pensar em mudar de escola, mas ficou com medo de encontrar a mesma situação. Na sua turma falta professor de sociologia, inglês e filosofia.

Na E.E. Anísio Teixeira, localizada em Petrópolis, três turmas tem falta de horários de aula nas disciplinas de biologia, geografia e sociologia – uma turma cada, todas do segundo ano. O problema se apresenta o ano inteiro. Francisco Neris Viana, diretor do Anísio Teixeira, acredita que vai resolver a situação com reposição de conteúdo no ano seguinte.

Fonte: TN