Ano letivo em recuperação
Daísa Alves
repórter
repórter
Eram
14h, e pouco a pouco a sala de aula se esvaziava. Os poucos alunos da
turma se dispersavam entre conversas nos espaçados corredores,
entretenimento no celular, ou até completando uma atividade da aula
passada. A turma do 1° ano de ensino médio da Escola Estadual Wilston
Churchill assistiu a única aula do dia, de geografia, e os estudantes já
se despediam da escola. Para as disciplinas seguintes, de filosofia e
português, não há professor. Essa turma de estudantes, e de outras
escolas estaduais, corre o risco de terminar o ano sem ter tido nenhuma
aula de várias disciplinas. Segundo Betânia Ramalho, secretária do
Estado de Educação (Seec), o conteúdo das aulas em falta serão repostos
com o prolongamento Redo ano letivo em regime de ensino intensivo.
De acordo com a Seec, do total de 167 escolas estaduais de Natal, cerca de 22 estão em situação de emergência. A falta de professores já é um problema recorrente das escolas públicas, no entanto, a situação foi agravada após o reordenamento da carga horária dos professores da rede estadual, que acarretou o descobrimento de turmas em disciplinas pontuais.
Jarbas Oliveira, 17, migrou do município de Pilões, para Natal, a fim de terminar seu ensino médio “na capital”. Com a falta de três disciplinas, ele acredita que estaria melhor na escola antiga. “Somente na quinta tenho o horário de aula completo”. Talvez, seu objetivo de estudar Farmácia, seja adiado por mais um ano.
De acordo com a Seec, do total de 167 escolas estaduais de Natal, cerca de 22 estão em situação de emergência. A falta de professores já é um problema recorrente das escolas públicas, no entanto, a situação foi agravada após o reordenamento da carga horária dos professores da rede estadual, que acarretou o descobrimento de turmas em disciplinas pontuais.
Jarbas Oliveira, 17, migrou do município de Pilões, para Natal, a fim de terminar seu ensino médio “na capital”. Com a falta de três disciplinas, ele acredita que estaria melhor na escola antiga. “Somente na quinta tenho o horário de aula completo”. Talvez, seu objetivo de estudar Farmácia, seja adiado por mais um ano.
Tainá França, 18, estudante do primeiro ano, fez a prova do Enem esse
ano e sentiu a falta dos conteúdos, principalmente de História. “Não
tive nem uma semana de aula. Se tivesse, poderia ter tirado nota
melhor”, conta a estudante que mora em Bom Pastor e se desloca todos os
dias a escola. “É complicado, vir, pagar passagem pra assistir só uma
aula”.
Na E.E. Wilston Churchill, localizada em Cidade Alta, existem turmas com lacunas de aulas de matemática, história, filosofia, português, inglês e sociologia. De acordo com a diretora da escola, Maria Eliane de Carvalho Han, atualmente, para suprir a demanda em falta, seriam necessários mais 13 professores. No turno da manhã a situação foi amenizada pela junção de quatro turmas há dois meses. Mas ainda há outro problema. O lançamento das notas é de responsabilidade do professor específico da turma, nem a direção ou coordenação tem acesso ao sistema das notas. E quanto aos que estão com a falta de aulas, não existe previsão para reposição pela direção.
As lacunas de aula contribuem também para o esvaziamento na sala de aula. Turmas de 30 alunos, com apenas 15 em sala. É desestimulante ir à escola e não ter aulas, concordam alunos e diretora. a diretora 15h45 da tarde, nenhuma turma mais em aula.
Na E.E. Edgar Barbosa, localizada em Lagoa Nova, a situação se repete, com soluções de amenização recentes. Cerca de cinco turmas chegam ao final do ano prejudicadas com a falta de professores para Matemática, Inglês, Filosofia, Física e geografia. Há dois meses, a escola recebeu suprimento de professores. Alguns substituíram durante a semana e outros estão ministrando aula aos sábados. “Para 2014 amenizamos os prejuízos no conteúdo, só torcemos para ter professor próximo ano”, declara Ilkécia da Silva, vice-diretora da escola.
“Teve dias que a gente veio só para gastar a passagem”, relata Felipe Gabriel Lima, 17, sobre o inicio do segundo semestre. Para acelerar o conteúdo de História, o professor está passando trabalhos para a turma e no sistema de reposição de filosofia, ele não pode vir aos sábados. “Mesmo com os novos professores, a gente tem prejuízo”, lamenta.
“Não fiz o Enem porque não estava preparada nos conteúdos”, relata Lidiane Honorato, 17. Ela chegou a pensar em mudar de escola, mas ficou com medo de encontrar a mesma situação. Na sua turma falta professor de sociologia, inglês e filosofia.
Na E.E. Anísio Teixeira, localizada em Petrópolis, três turmas tem falta de horários de aula nas disciplinas de biologia, geografia e sociologia – uma turma cada, todas do segundo ano. O problema se apresenta o ano inteiro. Francisco Neris Viana, diretor do Anísio Teixeira, acredita que vai resolver a situação com reposição de conteúdo no ano seguinte.
Na E.E. Wilston Churchill, localizada em Cidade Alta, existem turmas com lacunas de aulas de matemática, história, filosofia, português, inglês e sociologia. De acordo com a diretora da escola, Maria Eliane de Carvalho Han, atualmente, para suprir a demanda em falta, seriam necessários mais 13 professores. No turno da manhã a situação foi amenizada pela junção de quatro turmas há dois meses. Mas ainda há outro problema. O lançamento das notas é de responsabilidade do professor específico da turma, nem a direção ou coordenação tem acesso ao sistema das notas. E quanto aos que estão com a falta de aulas, não existe previsão para reposição pela direção.
As lacunas de aula contribuem também para o esvaziamento na sala de aula. Turmas de 30 alunos, com apenas 15 em sala. É desestimulante ir à escola e não ter aulas, concordam alunos e diretora. a diretora 15h45 da tarde, nenhuma turma mais em aula.
Na E.E. Edgar Barbosa, localizada em Lagoa Nova, a situação se repete, com soluções de amenização recentes. Cerca de cinco turmas chegam ao final do ano prejudicadas com a falta de professores para Matemática, Inglês, Filosofia, Física e geografia. Há dois meses, a escola recebeu suprimento de professores. Alguns substituíram durante a semana e outros estão ministrando aula aos sábados. “Para 2014 amenizamos os prejuízos no conteúdo, só torcemos para ter professor próximo ano”, declara Ilkécia da Silva, vice-diretora da escola.
“Teve dias que a gente veio só para gastar a passagem”, relata Felipe Gabriel Lima, 17, sobre o inicio do segundo semestre. Para acelerar o conteúdo de História, o professor está passando trabalhos para a turma e no sistema de reposição de filosofia, ele não pode vir aos sábados. “Mesmo com os novos professores, a gente tem prejuízo”, lamenta.
“Não fiz o Enem porque não estava preparada nos conteúdos”, relata Lidiane Honorato, 17. Ela chegou a pensar em mudar de escola, mas ficou com medo de encontrar a mesma situação. Na sua turma falta professor de sociologia, inglês e filosofia.
Na E.E. Anísio Teixeira, localizada em Petrópolis, três turmas tem falta de horários de aula nas disciplinas de biologia, geografia e sociologia – uma turma cada, todas do segundo ano. O problema se apresenta o ano inteiro. Francisco Neris Viana, diretor do Anísio Teixeira, acredita que vai resolver a situação com reposição de conteúdo no ano seguinte.
Fonte: TN
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